voluntária da Elas
03/03/2023
Em 2023, com o início do atual governo, onze mulheres tomaram posse de ministérios, sendo este um recorde, tendo como comparativo o número de ministras dos governos anteriores.
Esses ministérios e suas ministras são:
Apesar dos avanços nesse sentido, as mulheres ainda não conseguiram alcançar a tão sonhada (e necessária) igualdade numérica em comparação aos homens, e não estão nem perto disso.
Dos trinta e sete ministérios, apenas onze, como vimos, são ocupados por figuras femininas. Mas por que se faz tão importante a presença de mulheres nos espaços de poder?
De forma primária, precisamos falar sobre a importância da representatividade feminina.
No último período eleitoral, em 2022, as cidadãs formavam a maior parte do eleitorado brasileiro, sendo elas 52,65%.
Em contrapartida, temos a nítida falta da representação feminina nas esferas de poder, como por exemplo, apenas 17,7% da Câmara de Deputados é composta por mulheres.
Sem a representatividade necessária, as brasileiras se tornam reféns de decisões que não são pensadas para elas, não levando em conta os males que a desigualdade de gênero carrega, não tendo a perspectiva para o seu combate.
A desigualdade de gênero está inteiramente ligada à violência sofrida pelas mulheres, alimentando uma visão deturpada e preconceituosa que afeta a presença feminina no ambiente de trabalho, em seu ambiente familiar e social, onde as mulheres são colocadas em situações de desvalorização e subestimação.
Leia mais: Como ficam as mulheres que não foram eleitas em 2022?
Ao ocuparem espaços políticos e de poder, as mulheres são capazes de contribuir na formação de políticas públicas que visem a igualdade de gênero, o que promove uma sociedade cada vez mais democrática, justa e inclusiva.
Além disso, acabam por servir como imagem de empoderamento para que outras mulheres notem que esses espaços também pertencem a elas, diferentemente daquilo que foi imposto socialmente durante anos a elas.
Além do importante papel das novas ministras em promover o combate da desigualdade de gênero dentro da política, sendo refletido em toda a sociedade, esperamos que os ministérios sejam espaços onde a igualdade numérica entre os gêneros nos cargos esteja presente, sendo uma porta aberta para mulheres e toda a sua competência, as quais estão a espera de sua valorização e reconhecimento, impedidos pelo patriarcalismo.
Por Sabrina de Almeida. Sabrina é graduanda em História e voluntária de comunicação da #Elasnopoder. Na luta por uma sociedade onde as mulheres tenham protagonismo que merecem.
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