voluntária da Elas
29/05/2022
O número de jovens entre 16 e 18 anos que estão aptos a votar nas eleições de 2022 bateu o recorde.
Cerca de 2 milhões de jovens irão votar este ano e o que contribuiu para isso foi a campanha do TSE e as mobilizações de artistas nacionais e internacionais no Twitter que alertaram para a importância do título de eleitor e para a educação política.
E eles entenderam. Entre os principais motivos para a participação é a chance de mudar a atual realidade do país.
A importância do papel da/do jovem nessa engrenagem é, sem dúvida, inquestionável.
E por mais que haja vontade de colaborar para essa mudança, é preciso olhar para um problema geracional que também atinge esse grupo: a falta de educação política.
A lista de motivos para a deseducação no Brasil é longa.
Há o desinteresse em formar uma população questionadora e participativa, falta de interesse na política devido aos escândalos de corrupção e polarização exacerbada, a ideia de que a política não se discute, entre outros.
Essa geração de 16 a 18 anos também cresceu ouvindo isso.
Mas educação política nada mais é do que a transmissão de conhecimentos essenciais para que o indivíduo possa entender o cenário político sem empecilhos, permitindo sua participação ativa na política.
Esse cenário abrange desde o momento político às suas estruturas permanentes, como partidos políticos, funções das instituições e agentes públicos.
O acesso a essas informações permite criar uma geração mais consciente do ambiente político, entendendo como cada decisão tomada nesse meio afeta direta ou indiretamente o seu presente e o seu futuro.
A partir disso, compreender o papel do indivíduo e do coletivo na construção da democracia.
Além disso, ajuda a conectar o voto aos candidatos que, de fato, irão defender seus valores e visões de mundo.
Não basta eleger determinados nomes por determinadas propostas se lá na frente eles serão antagônicos.
São essas nuances que também ajudam e facilitam a construção da realidade e as próximas mudanças.
A forma como esse conhecimento é consumido hoje se difere do passado.
Agora, há apps, sites e as redes sociais como aliadas para facilitar a comunicação com esse público.
São diversos os conteúdos super explicativos no Instagram e no Twitter feitos por ONGs e profissionais engajados com o direito político.
Passos importantes como o canal do TSE no Tiktok mostram que é este é o caminho para atingir as/os jovens.
Se antes, política era sinônimo de uma linguagem difícil, elitizada e generificada, hoje ela não precisa ser.
Os influenciadores, principalmente a camada artística que abraçou a mobilização, serão essenciais para a propagação desse conteúdo – com maior chance de viralização no Twitter e no TikTok.
Esse compartilhamento de informações entre gerações não só beneficia a/o jovem, que está se inserindo ativamente na política, mas quem está também aprendendo e consumindo para instigar o aprofundamento de debates que são de suma importância pro país.
Fernanda Paixão escreve sobre política, mulheres e empoderamento como jornalista freelance. É voluntária do Time de Comunicação da #Elasnopoder. É mãe de planta, apaixonada por livros e moda.
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