voluntária da Elas
07/11/2020
As mulheres, que foram um dos grupos que historicamente mais demoraram a votar e que seguem afastadas da política institucional, foram foco da campanha lançada pelo TSE, em 2014, que convocava mulheres para a política. Naquele ano, pela primeira vez, o número de mulheres eleitoras superou o de homens.
Mas, se desse lado do cenário eleitoral o número de mulheres crescera, do outro, o número de candidatas e eleitas era baixíssimo. Também nas eleições de 2014, de cada quatro pessoas eleitas, apenas uma é mulher. Hoje, elas são 13% entre os ocupantes de cargos eletivos nos municípios. Em 2020, a sub-representação de mulheres na política ainda é a realidade.
Outras opressões também fazem parte desse quadro! Nas primeiras eleições em que foi possível votar em mulheres, em 1934, das três eleitas, uma era negra. E só 35 anos depois tivemos a próxima. Indígenas e trans somente foram designadas como representantes da sociedade brasileira em 2018.
As campanhas, que começaram há algumas eleições, agora são chamadas SUPER CAMPANHAS e são formadas por grupos que acreditam que minorias podem sim ser melhor representadas e lutam para que isso aconteça! São pra quem quer defender o processo democrático e a participação de todas as vozes na construção da política eleitoral. Como? São dois trabalhos!
Muito mais do que uma hashtag, as super campanhas têm estratégias para conscientizar o público sobre a necessidade de votar em minorias, quais são as candidaturas que representam um grupo, dialogam com determinados problemas e apoiam certas causas. Além disso, produzem conteúdo para candidatas sobre o processo eleitoral.
A campanha “Vem vote em mulheres”, é uma ação conjunta de coletivos que lutam por mais mulheres na política e que já atuam na tentativa de mudar o cenário da política institucional: Elas no Poder, Engajamundo, Vamos Juntas e Vote nelas. A missão da campanha é garantir que as mulheres tenham campanhas bem-sucedidas e chances reais de serem eleitas.
Através das cartilhas para as candidatas e equipe de campanha e as artes gráficas de conscientização, no Manifesto #VemVoteEmMulheres, mostram que a questão vai para além da representatividade. Diminuição da desigualdade e redução dos índices de corrupção são exemplos de consequências do aumento da presença de mulheres no governo.
O coletivo “Vote lgbt” existe desde 2016 e desde então constrói super campanhas que objetivam dar visibilidade a candidaturas LGBTQ+ e pró-LGBTQ+ e incentivar eleitores, LGBTQs ou não, a incluírem demandas que considerem as diversidades sexual e de gênero nos critérios de escolha do seu candidato.
No site, candidates também podem encontrar dados compilados sobre a situação e as lutas da população LGBTQ+ para utilizar em suas campanhas.
As candidaturas periféricas – que é a maioria das candidaturas negras – sofre um impacto específico com a pandemia: a falta de acesso à tecnologia e plataformas sociais prejudica o diálogo entre candidates e eleitores periféricos, assim como indígenas.
A super campanha #euvotoemnegra fortalece campanhas que lutam pelos Direitos Humanos, são feministas e antirracistas; e faz parte do Projeto Mulheres Negras e Democracia, que atua no Nordeste do Brasil.
Você pode curtir e comentar as postagens nas redes das super campanhas, e participar dos eventos virtuais que elas promovem. Ou ainda, você pode se cadastrar para receber informações e material para espalhar por aí!
Se a política não é como você gostaria, se movimenta! Escolha a super campanha que mais tem a ver com os seus valores e com o mundo que você quer construir.
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